segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cisne Negro (Black Swan, 2010)

Por Bruno Kortz - @bkortz

Sinopse: Beth MacIntyre (Winona Ryder), a primeira bailarina de uma companhia, está prestes a se aposentar. O posto fica com Nina (Natalie Portman), mas ela possui sérios problemas interiores, especialmente com sua mãe (Barbara Hershey). Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel), um exigente diretor artístico, ela passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas, em especial Lilly (Mila Kunis).

Darren Aronofski consegue ser brilhante como diretor, a tomada de câmeras, o estilo de filmagem permanece intenso e com muitas jogadas estratégicas, mantendo o filme num ritmo acelerado, e que prende o espectador, as cenas de dança são belas, retratadas de uma maneira única; principalmente pelo talento indiscutível de Natalie Portman (nota: qualquer resultado diferente do Oscar seria uma tremenda injustiça).
Natalie nos mostra uma atuação que beira a perfeição, interpretando a dançarina Nina Sayers, a mais aplicada do estúdio de dança de Thomas Leroy (Vicent Cassel) que luta para ser o que sua mãe não foi: A Rainha Cisne, o papel principal em um balé, onde se retrata a delicadeza e amor do Cisne Branco e a Maldade e Obscuridade do Cisne Negro, para conseguir o papel Nina é capaz de tudo, porém isso afeta sua sanidade e acaba se tornando uma tremenda obsessão.
Hora drama, hora suspense e hora horror, o filme consegue chocar pela clareza e força de suas cenas, inclusive uma quente cena de sexo homossexual, é filmada de maneira a chocar os mais conservadores espectadores.
O filme é uma bela obra, porém de difícil assimilação. Tudo que acontece com a personagem e suas paranóias podem ter vários pontos de vistas distintos, a relação dela com todos os personagens ao seu redor (mãe, diretor e sua “colega” especial) têm duas perspectivas, ou seja, Nina leva para a vida a obsessão em ser perfeita na dança dos cisnes, tanto o cisne branco como o negro, estão presentes de maneiras afetivas na vida de nossa dançarina.
Qual o preço da perfeição?
Darren Aronofski, é certamente um dos diretores mais cultuados atualmente, produziu vários bons filmes. Na minha opinião O Lutador (The Wrestler, 2008) seria sua obra prima recente, um filme imperdível.
Porém, o filme Cisne Negro (Black Swan, 2010), chegou com muito alarde pelas indicações e pelo falatório da mídia especializada, mas é um filme que pode gerar certo desconforto a quem queira um cinema como maneira de lazer e passa tempo.

4 comentários:

  1. Apesar de ser um filme repleto de pontos fortes como roteiro, atuações e direção, neste post quero falar sobre a beleza estética do filme, que na minha opinião possui dois destaques:
    1- As tomadas subjetivas com a ARRI ALEXA, câmera responsável pelo granulado nas cenas em que a protagonista passa por ataques psicóticos.
    2- A trilha sonora, que apesar de não ser original, proporciona um contraste forte com as imagens escuras e sombrias, fortalecendo o tom funesto do filme.
    Quero também parabenizar a iniciativa e desejar muito mais posts para eu dar um pitaco.

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  2. Com esse post do Caio, fico até sem jeito de falar algo. O cara é um verdadeiro critico do cinema mundial...

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  3. é isso ai amigo.... gostamos da participação de todos, o dia que quiser fazer uma critica completa fique a vontade tambem...... com o maior prazer estará conosco!

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  4. É um filme impressionante...
    Não consegui tirar meus olhos um minuto da tela....e os sentimentos foram confusos...um misto de amor e odio.....
    E olha q sempre durmo nos filmes hein....hauhauahauh

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