terça-feira, 20 de julho de 2010

Coração Louco (Crazy Heart, 2009)

Crítico Convidado: Thiago Zaguetto - tzaguetto@yahoo.com.br


 
Sinopse Oficial: Bad Blake (Jeff Bridges) é um cantor de música country acabado por uma vida dura, que teve casamentos demais, muitos anos na estrada e drinks demais. Ainda assim, Bad não pode evitar procurar sua salvação com a ajuda de Jean (Maggie Gyllenhaal), uma jornalista que descobre o homem por trás do músico

 
Um dos ápices da atuação de Jeff Bridges, talvez melhor do que em Sem Medo de Viver (Fearless).

Eu sempre gostei desse mote, especialmente com a Maggie fazendo papel de mulher carinhosa, assim como em Mais Estranho que a Ficção (Stranger than fiction).

Bad Blake, o personagem interpretado por Bridges, é um texano que atingiu os picos da glória compondo e cantando canções country, para quem só resta agora ganhar uns trocados com a memória de suas músicas antigas, em cidadezinhas do vasto oeste americano. Nesse passo, sua atuação é cansada e piorada pelo alcoolismo. A falta de objetivo e perspectiva do personagem, depois de atingido o cimo da carreira, faz remanescer ao astro um misto de miséria e arrogância, onde também está incluído um contexto de sucessivos insucessos em construir laços familiares, aliado ao fato de ter um filho adulto que não conhece.
Apenas o afeto do amigo do peito, interpretado por Robert Duvall, parece adocicar um pouco o prato amargo que é a vida do protagonista. O contraponto desse quadro, e aí assoma de maneira explícita a crítica que se faz à fama desprovida da virtude, é o personagem marginal de Colin Farrell, que deve a Blake toda a fama que ostenta. Apesar da atuação de Farrell ser curtíssima e eclipsada por Bridges, o personagem do primeiro tem uma carga de virtude muito positiva, que se encaixa de maneira interessante no enredo.


O coração da história é a transformação espiritual de Blake, depois que passa a nutrir por Jean, interpretada por Maggie, o mais belo sentimento humano, o que lhe empresta forças para “pick up your crazy heart and give it one more try”.



A atuação de Jeff Bridges é fantástica e só poderia mesmo render-lhe a estatueta, tanto pela voz e trejeito extremamente contextualizados com o personagem (a cena de ensaio do último show traduz bem isso). Além, é claro, da elevada qualidade da atuação musical, que, pelo visto, não exige muito esforço do ator. No mais, vale dizer da belíssima canção “the weary kind”, que é o tema do filme, confira nesse link http://tinyurl.com/yer3tx4 .

Segue Abaixo o trailer oficial do filme:



Abraço a todos!

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