Logo no começo do filme há uma longa introdução que relaciona a trama com eventos históricos como:o assassinato do presidente John Kennedy e a expedição do foguete Apollo 11 na Lua em 1969 , ocasião em Buzz Aldrin(um dos pilotos da nave) interpreta a si mesmo, esta jogada traz mais veracidade ao longa porem ela desaparece ao desenrolar.
Atuações fracas transformam um núcleo dramático em falatório insuportável, até mesmo os excelentes:John Malkovich e a ganhadora do Oscar de melhor atriz Francis McDormand não acrescentam muito.
Existem também algumas sequências em que os autobots realizam incursões no Iraque para os EUA, vai ver que além deles quererem morar na terra ,eles também estão virando republicanos?, estas e outras questões políticas são citadas acabando. Situações desnecessárias e desconexas ao filme O protagonista Sam Witwick (Shia LaBeouf) ,depois de salvar o mundo duas vezes, cursar uma universidade de peso, não consegue arrumar um bom emprego nem ao menos para se bancar, permanecendo o mesmo bobão de antes, ele poderia estar trabalhando no exército junto ao seus amigos autobots para um melhor desenvolver de sua personalidade e por último enriquecer a trama, mas não, Sam Witwick age como um eterno pré adolescente.
O ausência de Megan Fox ,que interpretava a antiga namorada de Sam Witwick ,é explicada com um súbito abandono de seu parceiro sem mais informações; Em seu lugar entra Rose Huntington no papel de Carly Spencer, novo par romântico do protagonista, ainda mais bela porém igualmente insípida. John Turturo interpreta o ex agente do serviço secreto Seymor Simons, o único razoavelmente desenvolvido, que passa de um ultra nacionalista para um magnata que goza da vida, no entanto sua vocação fala mais alto quando Sam o procura para lhe contar sobre a nave autobot encontrada na Lua .
Patrick Dempsey,astro da serie grey’s anatomy, vive o milionário e inescrupuloso Dylan Gould que sua vez tenta pegar Carly Spencer pra si.
Por fim, pasmem, o comediante Ken Jeong (O Mr. Chou de “Se beber não case") faz uma ponta como Jerry Wang ,um funcionário da empresa de Bruce Brazo (John Malkovich), uma péssima aparição baseada em caras e bocas completamente forçadas sem falar das piadas sem graça e de humor barato, felizmente a atuação de Jeong é bastante breve mesmo assim incomoda.
Enfim, o que levaria uma pessoa gastar seu precioso e suado dinheiro assistindo Transformers 3?
Simplesmente porque se trata da maior e mais grandiosa produção desde Avatar, as cenas de ação megalomaníacas surpreendem até os mais pessimistas quanto a inserção da tecnologia 3d estereoscópica, afinal ninguém menos que sir James Camerom serviu como consultor. Se a vedete do filme é ação então deve ser perfeita, o diretor de Avatar ensinou direitinho os macetes para aproveitar o que o 3d tem de melhor em cenas como: explosões que atiram metal e outros detritos e pessoas sendo arremessadas pro ar, conseguem desencadear o reflexo de erguer as mão para o alto de tão reais que são, outro ponto para se destacar são os vôos panorâmicos no mundo de Cybertron a bordo de uma nave ou pela Chicago devastada onde a câmera segue no vacuo de paraquedistas. Tais cenas ,graças ao 3d bem empregado, chegam a dar um frio na barriga .O líder dos autobots, Optimus Prime (Peter Cullen) está bem inserido nas cenas de batalha e protagoniza seqüências épicas, a melhor delas é o duelo aéreo contra o general decepticon Shockwave e o mesmo ocorre com o fiel companheiro de Sam ,o carismático Bumblebee.
Cada peça se movendo, cada robô se transformando, cada circuito sob a ótica do 3d fazem nossos olhos brilharem ao mesmo tempo em que pedimos ainda mais .Michael Bay provou que sabe fazer um excelente blockbuster, sem ligar para a dramaturgia e roteiro horríveis Transformers 3:O lado oculto da Lua pode ser perfeito para assistir sem compromisso ,satisfação dentro e fora das salas de cinemas .
